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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sarah Vaughan – At Mister Kelly’s


O locutor que inicia o disco tem sua fala direcionada aos presentes, comunicando e instruindo-os sobre o que acontecerá a seguir. O mesmo diz a todos que a apresentação da noite será gravada e que todos se sintam à vontade e ajam de maneira natural.

Sarah Vaughan então inicia nossa jornada com “September in the rain” acompanhada por seu trio, extremamente competente, diga-se de passagem. O lugar: Mister Kelly’s.

Mister Kelly’s foi, durante 1957 e 1975, um nightclub famoso em decorrência dos nomes da música que lá se apresentaram, entre eles, B.B. Kiing, Sammy Davis Jr., Billie Holiday, Frank Sinatra entre outros grandes ícones.
Sarah Vaughan e sua voz melodiosa, por vezes até frágil, dá o tom aconchegante da noite.

Várias faixas podem ser citadas como excelentes. “I'm Gonna Sit Right Down And Write Myself A Letter”, September in the rain”, “Just one of this things”, para citar algumas.

Mas a jóia da coroa, na minha opinião, se encontra na segunda faixa, “Willow weep for me”. Antes de dizer o porquê de tal preciosidade, uma informação é necessária. Apesar do locutor avisar a plateia que o show contará com as letras das músicas auxiliando a cantora, Sarah improvisa muito!!!!

Aos 4 minutos de “Willow weep for me”, Sarah esbarra em algo que acaba divertindo a plateia e provocando risadas. A morte declarada para muitos artistas de menor quilate que Sarah Vaughan. Em um momento de extrema presença de espírito, ela usa o acidente como escada para adaptar parte da letra, provocando mais risadas e, enfim, aplausos da plateia, já totalmente entregue à Sarah.
Em resumo, cada faixa trás algo digno de nota.

Mais um de jazz, eu sei. Pode estar se tornando meio maçante, mas estamos ainda nos anos 50. Espere até entrarmos nos anos 60.

Veredito final: mais um de jazz, mas um de Sarah Vaughan. Então, não pode ser comparado aos anteriores. Clássico por sua interpretação e por todos os “presentes” que trás a quem pretende ouvi-lo.
Próxima vítima: Ella Fitzgerald – Sings the Gershiwn song book. Muito divertído e muito longo. 194 minutos na carreta!

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